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05 julho 2007

A Venezuela e o Mercosul
O presidente Lula reagiu como um estadista às declarações do presidente Hugo Chávez. Disse que a relação com a Venezuela é extraordinária e que temos que conversar, mas não deixou de dizer claramente que para sair do Mercosul basta querer. Para bom entendedor, meia palavra basta. Já no Congresso Nacional, a oposição continua apostando numa crise com a Venezuela. E no empresariado as reações foram contraditórias. A Fiesp, pelo seu presidente, Paulo Skaf, deixou claro que não vê problemas na adesão da Venezuela ao Bloco, sem deixar de criticar o ultimato do presidente Chávez ao Congresso brasileiro, que o embaixador venezuelano no Brasil apressou-se em negar. A CNI, em maio, segundo a Folha, em matéria com um título forte - "Indústria pede que Congresso rejeite adesão venezuelana" (só para assinantes) - já havia se manifestado contra, pelo temor que a Venezuela, mesmo antes de cumprir a transição, tenha direito de veto na política do Mercosul. Também se manifestou contra a Associação Brasileira da Indústria Eletroeletrônica (ABINEE). A verdadeira razão para se contrapor à adesão da Venezuela ao Mercosul aparece nas declarações de Rubens Barbosa, ex embaixador do Brasil nos Estados Unidos - os famosos "ruídos políticos". André Nassar, diretor geral do Instituto Icone, foi mais claro e alegou problemas nas negociações com os norte-americanos, segundo a Folha.Como vemos, apesar da posição lúcida da Fiesp, duas entidades de peso, como a CNI e a ABINEE, se opõem à entrada da Venezuela no Mercosul, o que considero um erro estratégico e uma posição contrária aos próprios interesses da CNI e da ABINEE. Subestimam a política do presidente Chávez ao alegar que não será o veto à Venezuela, ou sua não adesão, que irá influenciar no crescimento do comércio entre o Brasil e a Venezuela, e colocam em segundo plano o verdadeiro problema. A questão não é só comercial, é de alternativas estratégicas, de longo prazo. Se vamos ou não construir um bloco sul-americano, ou vamos continuar submetidos à hegemonia e à lógica da política internacional, não só comercial, ditada pelos países desenvolvidos, ou vamos percorrer o caminho europeu, e agora asiático, consolidando na América do Sul uma comunidade de nações.Essa é a questão. Não podemos na primeira crise, como já disse aqui ontem, abandonar a ampliação do Mercosul com a adesão da Venezuela, que se transformará a curto prazo no principal parceiro do Brasil na América do Sul, inclusive porque esse deve ser o nosso objetivo.

03 julho 2007

ONU e FMI prevêem crescimento maior da economia brasileira..
A Organização das Nações Unidas (ONU) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciaram que a economia brasileira deve crescer acima das atuais previsões. O Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (Ecosoc), que havia estimado uma taxa de 4,4% para a expansão do PIB (Produto Interno Bruto) do país neste ano, afirmou ontem que o número deve ser maior, mas não especificou quanto. As Nações Unidas prevêem crescimento global de 3,4% em 2007, abaixo dos 4% do ano passado.Para o FMI, a economia do país crescerá acima de 4,4% porque "os números são bons", segundo o diretor-adjunto da instituição, o brasileiro Murilo Portugal, e existe a de combinação de circunstâncias externas favoráveis com mudanças internas positivas. Na previsão do Fundo, a economia mundial crescerá 5% neste ano. No ano que vem, ainda segundo o FMI, haverá possibilidade de a economia brasileira superar o crescimento da economia global (que deve ficar em 4,9%), se novos estímulos ocorrerem agora. EmergentesNas previsões revisadas da ONU, a América Latina cresce 4,8% este ano, um aumento de 0,6% comparado à estimativa do começo do ano. Para 2008, a taxa é esperada em 4,4%, ainda abaixo dos 5,7% de 2006. A ONU destaca que o Brasil e o México já fizeram melhor do que o esperado ano passado, e o mesmo pode acontecer este ano, sobretudo com a forte demanda doméstica brasileira. O estudo mostra, contudo, que no período de 1990 a 2005, quando o país cresceu em média 2,5%, a produtividade só aumentou 0,6% - comparado a 7,6% na China e 3,7% na Ilha Maurício.Para Murilo Portugal, o principal risco para Brasil e América Latina seria de origem externa. Ele observou que a vulnerabilidade no país é bem menor hoje, mas ainda existe porque a dívida pública bruta é elevada, e tem uma parte grande de curto prazo.
Por fim podemos concluir que ñ importa qual o país pq sair de uma estaca 0 qualquer resultado é muito gratificante, de fato podemos agradecer a copetência do atual presidente é muito favorecedora por isso agradecemos a ele "risos"...
Lixo atômico vai para depósito provisório

Sem contar com uma solução definitiva, a Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, que abriga as usinas de Angra 1 e Angra 2, no Estado do Rio de Janeiro, está expandindo os depósitos onde guarda inicialmente os rejeitos de baixa e média intensidade radioativa -que podem provocar contaminação por quase um século.A construção do depósito definitivo para esse tipo de material -roupas, luvas, ferramentas e filtros de ar- deve ficar somente para 2012.Na semana em que o governo federal decidiu retomar a construção da usina nuclear de Angra 3, volta à tona a discussão sobre o que fazer com os rejeitos. As usinas nucleares produzem rejeitos de baixa, média e alta atividade. O principal fator de diferenciação é o tempo em que eles continuam a emitir radiação. No caso dos de baixa e média, eles podem perder o caráter radioativo em até cem anos. Os de alta radioatividade podem permanecer radioativos por milhares de anos.Os depósitos iniciais têm como abrigar o material durante a vida útil da usina, de 40 a 60 anos. Atualmente, eles acumulam 5.815 tambores ou 2.150 metros cúbicos. O local é monitorado 24 horas por dia.O Brasil não tem depósito definitivo para rejeitos de usinas nucleares. A responsabilidade sobre a implantação do depósito permanente é da Cnen (Comissão Nacional de Energia Nuclear). Segundo Odair Gonçalves, presidente da Cnen, a incerteza sobre o número de usinas que o governo deseja construir nos próximos anos trava a definição do local."Precisamos pensar na política para o setor, e não em uma solução imediata. Os rejeitos estão guardados de forma segura durante o tempo de vida útil da usina", disse.Segundo Gonçalves, o depósito definitivo exige estudos sísmicos, área isolada e guarda armada, entre outros aspectos. O custo seria da ordem de US$ 20 milhões. Em 2002, a Cnen firmou convênio com a Eletronuclear para construir o depósito até 2007, mas o prazo em vista agora é 2012.Inicialmente, pensava-se em construir o depósito num raio de 30 quilômetros da usina para facilitar o transporte. Poderia ficar em Angra dos Reis, Rio Claro ou Paraty. A escolha do local se mostrou mais complicada do que se previa.A prefeitura de Angra quer contrapartidas para abrigar Angra 3, e a instalação de um depósito definitivo é vista com reserva pela comunidade.Questão políticaSegundo Leonam dos Santos Guimarães, assessor da presidência da Eletronuclear, trata-se mais de uma questão política, já que não haveria urgência em definir o local. Ele diz que o convênio foi firmado diante de restrições orçamentárias da Cnen. Com isso, está sendo construído um terceiro depósito para abrigar resíduos de Angra 1, 2 e 3, que só deve entrar em operação em 2013, além da ampliação do segundo galpão a partir desta semana.A localização no Sudeste é devido à maior produção de rejeitos radioativos na região, já que receberia também resíduos radioativos hospitalares.Segundo a Eletronuclear, há 15 depósitos definitivos de rejeitos de baixa e média intensidade no mundo. A indefinição sobre o local no Brasil motivou o Ministério Público Federal a entrar com ação contra a União, a Cnen e a Eletronuclear pedindo instalação em até dois anos do depósito definitivo.Pede ainda que a União seja obrigada a incluir no orçamento de 2008 as dotações de recursos para o projeto.Alta radioatividadeSe o problema dos depósitos definitivos de baixa radioatividade está restrito ao Brasil, a questão dos depósitos de alta radioatividade é mundial. Poucos países encontraram uma solução para o caso. A Finlândia optou por enterrar os elementos combustíveis usados 500 metros abaixo do solo, em envoltórios especiais.A questão envolve estratégia de governo. Atualmente os elementos combustíveis de alta radioatividade de Angra 1 e 2 são guardados em piscinas com resfriamento dentro dos prédios das usinas, em locais de acesso extremamente restrito. Esse tipo de depósito é válido durante a vida útil da usina.O problema é que o elemento combustível é formado por urânio, uma fonte de energia finita. Quando sai do reator, o elemento combustível teve menos de 50% de sua capacidade utilizada. Se o país optar por construir um depósito definitivo, não terá chance de reprocessar esse material.
"Biocombustíveis são maior ameaça à diversidade na Terra"
A AMBIÇÃO BRASILEIRA de criar um mercado mundial para o álcool em parceria com os EUA encontrou um opositor de peso em um dos pioneiros do movimento ambientalista: o americano Lester Brown, 72, com influência suficiente para ser ouvido no Congresso dos EUA, no Fórum Econômico Mundial ou na Academia de Ciências da China. Ele diz que o uso do milho por usinas de álcool desencadeou uma disputa de proporções épicas entre os 800 milhões de donos de carros e os 2 bilhões de pessoas mais pobres do planeta.