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18 maio 2007



Navalha na corrupção

O principal destaque do noticiário de hoje em todos os jornais e televisões é a Operação Navalha, desencadeada ontem em todo país pela Polícia Federal para desbaratar um esquema de desvio de recursos públicos por meio de fraude em licitações de obras de eletrificação rural, saneamento básico e manutenção de rodovias. Foram presas 46 pessoas em nove Estados. Segundo a PF, há ao menos 49 envolvidos, entre eles o governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), e seu antecessor, José Reinaldo Tavares (PSB), além de um ex-deputado federal, um assessor do ministro Silas Rondeau, das Minas e Energia, um deputado distrital, prefeitos e outros funcionários públicos. A empresa baiana Gautama seria o centro do esquema e estaria se preparando para fraudar obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).Essa empresa, sediada em Salvador, operava uma organização criminosa infiltrada no Governo Federal, e em governos estaduais e municipais. Desde o início das investigações, em novembro de 2006, os policiais federais responsáveis pela investigação constataram a atividade de uma Organização Criminosa cujo objetivo principal era a obtenção de lucros através da execução de obras públicas, organizada e estruturada para a prática de variados delitos, como fraudes em licitações, corrupção passiva e ativa, tráfico de influência e lavagem de dinheiro, dentre outros crimes de igual gravidade. O esquema criminoso visava em primeiro lugar, garantir o direcionamento de verbas públicas, no âmbito federal e estadual, para obras de interesse da organização; em segundo lugar garantir a vitória em certames licitatórios de empresas por ela patrocinadas e, por fim, assegurar a liberação de pagamentos de obras superfaturadas, irregulares ou mesmo inexistentes.No nível federal a quadrilha desviou recursos do Ministério de Minas e Energia, da Integração Nacional, das Cidades, do Planejamento, e do DNIT; no nível estadual as fraudes ocorreram nos estados de Alagoas, Maranhão, Sergipe, Piauí e ainda no Distrito Federal; já no nível municipal estavam envolvidas autoridades das cidades de Camaçari-BA e Sinop-MT.Essa operação confirma que nunca se combateu tanto a corrupção nesse país, com firmeza e sem protecionismo, como no governo Lula.

Um comentário:

Arya disse...

E olha só, essa "tosquida" da Polcícia Federal, ainda vai dar o que falar!...
o "presentinho" que o governador Jackson Lago ganhou da organização criminosa em questão, foi nada menos que R$240.000,00... e o Ministério Público considerou que receber esta "grana" toda de uma empreitera não tem nada de mais... ! Haja espírito pra aguentar tanta patifaria..!